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Café da Manhã em Plutão (Breakfast on Pluto)

2005 | Comédia | 135 min | Irlanda, Inglaterra | Neil Jordan
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Sinopse

Londres, meados da década de 70. Uma jovem beldade da moda caminha calmamente pela rua, empurrando um carrinho de bebê. Operários de uma construção assoviam do alto dos andaimes, mas ela se apressa em reagir dando um fora. Sua história, ou a história de PATRICK “KITTEN” BRADEN, está muito além do limite da compreensão deles...

Tyreelin, Irlanda, 1958. Sob o olhar de um pássaro é uma vila de cartão postal. Só mesmo os passarinhos, acordados tão cedo, estão ali para testemunhar, quando a moça loura e magra se apressa em deixar um bebê na porta da igreja e sai correndo. Será que o padre, que atende ao chamado na porta com ar estarrecido e angustiado, é culpado? O PADRE BERNARD, como é chamado pelas beatas fofoqueiras, já não parecia mais o mesmo, desde que a bela empregada loura partira.

O bebê encontrado é logo entregue aos cuidados de MA BRADEN, a megera dona de um bar, que 9 ou 10 anos mais tarde, fica indignada ao flagrar o jovem PATRICK trajando o vestido da irmã de criação e passando seu baton. Desgostosa, Ma brada “o maldito dia em que eu o coloquei para dentro”. Com a revelação de que Ma não é sua mãe, surge a pergunta incessante de Patrick: ‘Quem é a minha mãe verdadeira’?

Por mais terrível que o lar pudesse parecer, Patrick estava longe de ser alguém sem amigos. A menina CHARLIE, e o menino IRWIN, e LAURENCE, seu outro parceiro intrépido e portador da síndrome de Down, são os integrantes da gangue de Paddy. Juntos eles “morrem pela Irlanda”, como rebeldes armados da organização IRA, aniquilam a cidade na companhia de Laurence, em seu trajes robóticos, como aquele usado por “Dalek”, o robô das fábulas, e refletem sobre o mistério da paternidade de Paddy. BENNY, o simpático pai de Laurence, conta a Patrick três fatos importantes: que sua mãe era EILY BERGIN, a moça mais bonita da cidade; que ela tinha grande semelhança com a estrela de cinema Mitzi Gaynor; e que ele a vira, certa vez, nas ruas de Londres. “A maior cidade do mundo acabou engolindo a minha mãe”, disse Patrick.

Alguns anos mais tarde, as peças começam a se encaixar. Agora Patrick já é ‘uma’ adolescente cheia de charme e rímel. No vapor da panela ela consegue abrir uma carta destinada a Ma, descobrindo um cheque do Padre Bernard. Aha! Desde sua infância, o confessionário havia sido um local de encontros desconfortáveis com o Padre Bernard e, mais uma, vez Patrick volta a se deparar com o Padre. Quando Patrick menciona o nome de Eily Bergin, de forma insinuante, o Padre Bernard foge do confessionário, abandonando-a de novo.

Para indignação de seus professores, Patrick entrega uma redação rica em detalhes, com a história hilariante e imaginária que descreve a forma como o Padre Bernard teria se apossado de sua doméstica inocente. As ações repreensivas e autoritárias, no colégio e em casa, têm o intuito de silenciar Patrick, porém produzem um efeito contrário, gerando uma revolta ainda maior, e o incitam a mais extravagância, o que acaba fazendo aflorar “Kitten”, sua nova personalidade assumida.

Kitten, o andrógino muito feminino, mas ainda reconhecido como homem, faz as cabeças virarem e ‘bota pra quebrar’ quando aparece na boate local, acompanhado por Charlie, Irwin e Laurence, seus amigos fiéis. Certa noite, ao fugir de valentões à procura de confusão, os amigos são acudidos por uma turma de ciclistas ‘cabeça fresca’, que os apresenta ao misticismo dos druidas, e os deixam ‘doidões’. O ciclista líder da turma murmura em tom lunático, divagando sobre passeios em estradas espaciais e falando de um ‘café da manhã em Plutão’. A noite idílica serve como uma forma de abrir os olhos de Patrick, um aviso para que ele saia da cidade, viaje pelo mundo, abra a mente. Após mais uma de suas crises, ele é finalmente expulso do colégio, dá adeus a Ma Braden e cai na estrada, pedindo carona.

Uma van, caindo aos pedaços, que pára para dar carona a Patrick, vem a ser o veículo usado por BILLY ROCK AND THE MOHAWKS, uma banda com futuro pouco promissor que toca em bares e mistura os gêneros de rockabilly com muita maquiagem e temas selvagens do oeste. Para o desalento de seus colegas de banda, Billy Rock, que todos pensavam ser hétero, demonstra uma queda por Patrick, que, por sua vez, vê em Billy um protetor sensual. No entanto, a lua-de-mel é frustrada pela primeira tentativa de Patrick no mundo dos shows: sua atuação como cantor, trajado como uma índia, faz com que a banda seja vaiada e posta para correr do palco. Relutante, Billy tira Patrick da banda, mas o abriga em um antigo trailer que fica estacionado junto ao penhasco, próximo ao mar. Billy lhe conta que herdou o trailer da mãe e explica que precisa de alguém para tomar conta.

Patrick fica radiante e passa a se ocupar com a limpeza da lata velha, mimando e cozinhando quando Billy o vem visitar, e assumindo o papel de Kitten em seu próprio lar. Em seu afã entusiasmado de faxina, ele acaba encontrando uma porta secreta no chão, que encobre um esconderijo de armas. Patrick percebe totalmente os sentimentos simpatizantes de Billy pelo IRA, mas se nega a ficar intimidado pelas armas. (O termo clichê usado por Kitten, “Ah, é sério, sério, sério!”, tem o mesmo impacto da frase imortalizada por Scarlett O’Hara, “Fiddle-dee-dee!”). Certa noite, Patrick finge estar dormindo e escuta Billy fazendo negócios com homens do grupo local do IRA. Billy, sem saber que Patrick jpa encontrara as armas, assegura aos homens de que o amigo não sabe de nada.
Embora a cidade de Tyreelin estivesse situada no lado republicano da fronteira irlandesa, a proximidade com a Irlanda do Norte traz a explosão da guerra civil para perto de casa. Patrick vai visitar Charlie e Irwin, que agora formam um casal, e discute com eles o crescente envolvimento de Irwin com o IRA. Irwin jura que não está fazendo nada além de vender o jornal simpatizante da organização, mas Charlie desconfia de que ele tem um envolvimento bem mais profundo. Ao ouvir um tumulto nas ruas, os amigos correm e assistem à polícia cercar um carro. Um robô detector de bombas – muito parecido com a fantasia de “Dalek” de Laurence – se aproxima do carro e a multidão assiste, aterrorizada, enquanto Laurence subitamente aparece, atraído pela familiaridade do robô. Laurence morre na explosão.

Ao voltar para o trailer pós o enterro de Laurence, Patrick resolve fazer uma “faxina de primavera”. Ele tira as armas do esconderijo e as joga do penhasco, lançando-as ao mar. Quando os homens do IRA chegam, à procura do armamento, Patrick age como o mais completo idiota, até que os partidários furiosos o obrigam a ficar de joelhos, apontando-lhe uma arma apontada para a cabeça. Algo no modo desafiador de Patrick e a menção de sua amizade por Irwin, acabam convencendo os atiradores de que não vale a pena gastar bala com ele.

Os homens do IRA passam a suspeitar de Irwin e o obrigam a acompanhá-los durante um ataque de retaliação. Eles acreditam que a bomba que matou Laurence foi plantada por homens da União, que agem contra o IRA, buscando desmoralizá-los. Aterrorizado, sabendo que agora está muito mais envolvido do que jamais pretendia, Irwin assiste aos atiradores na execução dos assassinatos.

Enquanto isso, Patrick decide seguir ruma a Londres, na tentativa de encontrar a Dama Fantasma, a ilusória Eily Bergin. No escritório do Arquivo Central, ele consegue localizar dois endereços prováveis, mas ambos dão em nada. Sem lugar algum aonde ir ele vaga pelas ruas de Londres, e se depara com uma estranha miniatura de um castelo de contos de fada. Ele entra e pega no sono, sendo acordado no dia seguinte, por JOHN-JOE, um velho bêbado, no papel de “Son of the Sod” (“Filho da Terra”, peça irlandesa) vestido como o personagem de um “Womble” (mais precisamente como o “Tio Bulgaria”). O castelo encantado pertence ao cenário de um parque temático dos “Wombles” e, de uma hora para outra, Patrick se vê empregado como um dos personagens, também vestido como um deles.

Após uma noitada de bebedeira na companhia de John-Joe, Patrick vem andando trôpego pela rua, pouco antes do raiar do dia, e se vê envolvido numa grande enrascada, por causa de uma prostituta que está protegendo seu território. Patrick é acudido por um homem que surge numa elegante Mercedez. O carro, na verdade, é dirigido pelo cortês Sr. SILKY STRING, que encosta e lhe dá carona. Patrick então encarna o gênero da charmosa Kitten, jogando charme para o velho que, por sua vez, não é nenhum bonzinho disposto a pagar por uma aventura. Ele é um assassino, e está à procura de alguém para matar. Patrick mal consegue escapar, mordendo e unhando, e graças ao estrondo provocado pelo Canal 5, que cega o homem temporariamente.

Mais uma vez a sorte surge no caminho de Patrick quando BERTIE, um mágico amável e pobretão, puxa assunto com ele numa lanchonete. Bertie, dócil e solitário, fica encantado pela bela Kitten, sua fábula trágica de órfão, e se intriga com os hematomas ao redor de seu pescoço. Kitten é rapidamente incluída no número de mágica interpretado por Bertie, sendo serrada ao meio e participando como assistente de um truque de hipnose. Entretanto, há uma certa crueldade incutida na diversão. Kitten simula uma situação atrás da outra, nas quais finge acreditar que objetos, ou pessoas, têm ligação com sua ‘mãezinha’, há tanto tempo desaparecida. Até que um dia, Charlie chega bem na hora da farsa e fica horrorizada com tamanha humilhação. Ela dá uma bofetada em Kitten e a arrasta pelo braço, deixando Bertie para trás, desolado.
Charlie e Irwin, ainda em divergência por causa do IRA, haviam ido até Londres com sua próprias incumbências secretas: Irwin é visto passando pacotes suspeitos a homens perigosos, enquanto Charlie confidencia a Patrick que está grávida, mas ainda não contou nada a Irwin. Ela veio para fazer um aborto. Patrick a acompanha até a clínica, mas Charlie muda de idéia no último minuto. Ela percebe que o bebê acidental no qual resultou o maluco do Patrick, por acaso, também é seu querido amigo. E então, ela também resolve ficar com seu bebê acidental.

Numa noite Kitten está dançando alegremente com um soldado, quando uma grande explosão parece acabar com o mundo. Ao cortar as roupas de Kitten, que está ferida, os homens do resgate descobrem seu sexo e chamam a polícia. Um ‘traveco’ irlandês na cena da explosão? Só poderia ser ele, o responsável pelo atentado. Já na delegacia, ROUTLEDGE e WALLIS interpretam, respectivamente, o policial bonzinho e o policial malvado. Wallis dá uns safanões em Patrick, enquanto Routledge calmamente o recomenda a dar sua declaração. Declaração? Mas esse é justamente o forte de Patrick! Ele então começa a narrar a história de como se infiltrou na célula terrorista, usando suas roupas pretas de couro de última moda, armado com nada além de seu vidro de perfume Chanel spray. Enfurecidos pelas gracinhas de Patrick, os policiais fazem mais e mais pressão. No entanto, após uma semana sem qualquer informação coerente, os policiais timidamente admitem que cometeram um erro. Embora Patrick tivesse preferido ficar na segurança relativa de sua cela, ele acaba indo parar nas ruas, mais uma vez.

Da rua para a prostituição, o caminho é bem curto. Até que um dia Patrick se surpreende ao ver Wallis, o policial malvado, encostando o carro. Demonstrando um interesse protetor em tirar Patrick das ruas, Wallis o apresenta a um grupo de ex-prostitutas que formaram seu negócio próprio e legalizado, fazendo shows eróticos em cabines para expectadores. E neste porto seguro, adentra alguém do passado de Kitten: ninguém menos que o Padre Bernard. Através do espelho da cabine, onde assiste ao show Kitten, Bernard admite que sempre amou Patrick, mas nunca soube como lhe dizer isso. Então, o melhor que tem a fazer é revelar-lhe onde encontrar Eily Bergin.

Kitten chega à porta de Eily vestida como uma mulher de negócios e o pretexto da visita é a realização de uma pesquisa para a companhia telefônica British Telecom. Ela desmaia, assim que vê Eily e seu filho pequeno. Eily, grávida e ainda bonita, gentilmente oferece uma xícara de chá. Sem a menor idéia da identidade de Kitten, Eily é impessoal, porém educada. A misteriosa Dama Fantasma é apenas uma dona de casa comum. O meio-irmão de Kitten, também chamado Patrick, é aberto e amistoso. Sentindo-se sufocada por tamanha pressão, Kitten se apressa em ir embora.

Uma carta de Charlie traz notícias terríveis: Irwin havia sido assassinado. A polícia havia plantado drogas em Charlie para coagir Irwin a revelar seus contatos no IRA, e sua recompensa foi a própria execução. Patrick regressa a Tyreelin e vai até a porta do Padre Bernard. Tudo entre eles é finalmente esclarecido e perdoado. O Padre Bernard vinha abrigando Charlie na igreja, e os três formam um grupo que passa a ser o assunto do dia das fofoqueiras de plantão: o padre de cabeça branca, a garota grávida e solteira e o travesti de personalidade andrógina. Para Bernard, a nova família formada passa a ser a libertação dos longos anos vividos na solidão e culpa, porém é uma afronta aos olhos da pequena cidade.

A indignação literalmente explode numa noite, através de um coquetel molotov que é arremessado pela janela da paróquia. Bernard adentra as labaredas para resgatar Patrick e Charlie, mas a igreja e o presbitério são destruídos. Charlie e Patrick seguem para Londres, depois de Bernard lhes dar a palavra de que irá visitá-los, tão logo o bebê nascer.

Após o parto bem-sucedido, nos vemos de volta ao começo de tudo: lá está Kitten, empurrando o carrinho com o bebê de Charlie, por uma rua de Londres, triunfante, afinal. E lá vem Charlie, e elas se deparam com o jovem Patrick, filho de Eily. E lá está Eily, empurrando seu próprio carrinho, e lá estão o Padre Bernard, e Bertie, o mágico, e até John-Joe, fantasiado, e todas as suas vidas se entrelaçam, através de Kitten...

Posters

Elenco

CILLIAN MURPHY (Patrick),
LIAM NEESON (Padre Bernard),
RUTH NEGGA (Charlie),
LAURENCE KINLAN (Irwin),
STEPHEN REA (Bertie),
BRENDAN GLEESON (Tio Bulgaria),
CONOR McEVOY (Patrick (10)),
GAVIN FRIDAY (Billy Hatchet),
IAN HART (PC Wallis),
EVA BIRTHISTLE (Eily Bergin),
RUTH MCCABE (Ma Braden),
STEVEN WADDINGTON (Insp Routledge),
MARK DOHERTY (Urso em fuga),
SID YOUNG (Eily\'s Boy),
CIARAN NOLAN (Horse Killane),
EAMONN OWENS (Jackie Timlin),
TONY DEVLIN (White Dove),
BRYAN FERRY (Sr. Silky String),
SEAMUS REILLY (Laurence (10)),
BIANCA O\'CONNOR (Charlie (10)),
CHARLENE McKENNA (Caroline Braden),
JO JO FINN (Policial da Boate),
NEIL JACKSON (Soldado),
PARAIC BREATHNACH (Benny Feely),
JAMES MCHALE (Ciclista 1),
LIAM CUNNINGHAM (Mosher),
OWEN ROE (Dean),
MARY COUGHLAN (Empregada Doméstica),
MARY REGAN (Sra Feely),
PAT McCABE (Peepers Egan),
CATHERINE POGSON (Sra Henderson),
GERRY O\'BRIEN (Jogador 1),
CHRIS McHALLUM (Jogador 2),
PETER GOWAN (Irmão Barnabas),
ANTONIA CAMPBELL-HUGHES (Dançarina de Striptease),
JONATHAN RYAN (Garda),
EVA BIRTHISTLE (Eily Lookalike),
CHRIS ROBINSON (Oficial),
RYNAGH O\'GRADY (Sra Coyle),
DEREK ELROY (Filho Rastafari),
BRITTA SMITH (Sra Clarke),
DOREEN KEOGH (Assistente na Haberdashery),
TOM HICKEY (Bispo),
MALCOLM DOUGLAS (Secretária do Bistpo),
EMMET LAWLOR McHUGH (Irwin (10)),
STEVE BLOUNT (Leão de Chácara 1),
KEITH McCOY (Leão de Chácara 2)

Realizadores

NEIL JORDAN (Diretor),
ALAN MOLONEY (Produtor),
NEIL JORDAN (Produtor),
STEPHEN WOOLEY (Produtor),
NEIL JORDAN (Roteirista),
PATRICK MCCABE (Roteirista),
PATRICK MCCABE (Baseado no romance original \"Breakfast on Pluto\"),
DECLAN QUINN (Diretor de Fotografia),
TONY LAWSON (Editor),
TOM CONROY (Designer de Produção),
EIMER NI MHAOLDOMHNAIGH (Designer de Figurinos),
SUSIE FIGGIS (Diretora de Elenco),
ROBERT QUINN (Primeiro Assistente de Direção),
PATRICK O\'DONOGHUE (Gerentes de Produção),
BREDA WALSH (Gerentes de Produção),
BRENDAN DEASY (Produção de Mixagem de Som),
GET DALY (Supervisão e Gerência de Locação),
MARK AUGUSTE (Supervisão de Edição de Som),
PATRICK REDMOND (Fotógrafo),
TOM JOHNSON (Mixagem de Regravação),
PETER LAFFERY (Mixagem de Regravação)

NA TV

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NOS CINEMAS

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